economia
O PAEG mantinha os objetivos básicos do discurso desenvolvimentista: retomada do desenvolvimento, via aumento dos investimentos; estabilidade de preços; atenuação dos desequilíbrios regionais; e correção dos déficits do balanço de pagamentos. As prioridades internas eram o controle da inflação e as externas, a normalização das relações com os organismos financeiros internacionais.
A partir do diagnóstico ortodoxo sobre as causas da inflação, foram implementadas ações que buscavam controlar as contas públicas aumentando receitas e reduzindo as despesas (política monetária restritiva, com controle de emissão monetária e de crédito e, especialmente, uma dura política de contenção salarial).Os principais focos de atenção do novo governo foram basicamente cinco:
A prioridade na estabilidade de preços (lembrando que estávamos em uma época de
Inflação galopante, que em 1964 tinha atingido quase a casa dos 03 dígitos.
O aumento de investimentos diretos (muitos destes investimentos tiveram o estado como patrocinador, através de empresas de economia pública e em obras diretas).
Reformas bancárias e tributárias.
Acertar o déficit da balança de pagamentos.
A diminuição dos desequilíbrios regionais.
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A reforma bancária de 1965 criou a estrutura básica do sistema financeiro nacional, instituindo o BACEN e o Conselho Monetário Nacional, e permitiu a especialização desse sistema com a divisão em financeiras (voltadas ao financiamento dos bens de consumo duráveis), bancos comerciais e bancos de investimento. Com a criação das Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN), foi instituída a correção monetária, que o possibilitou a convivência com taxas de inflação relativamente altas durante muitos anos. A reforma bancária estimulou um movimento de fusões e aquisições sem precedentes, com o objetivo de desenvolver um sistema financeiro forte e competitivo.
Foram criados o Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e o Banco Nacional da Habitação (BNH),