economia

INTRODUÇÃO

A retração da economia global no último trimestre de 2008, fruto da ruptura do mercado de crédito internacional após a falência do banco Lehman Brothers (em 15 de setembro de 2009), acarretou a quase paralisia do comércio mundial e uma intensa retração dos preços das commodities. A indústria brasileira exportadora e o agronegócio foram especialmente afetados e reduziram bruscamente o volume comercializado no exterior.
A piora da confiança no setor industrial e nos consumidores no Brasil, o aumento do desemprego, especialmente forte na indústria, e a intensa contração do crédito concedido pelos bancos privados (em função, sobretudo, das incertezas provocadas pelos prejuízos das empresas com derivativos cambiais), além da perspectiva de elevação da inadimplência, afetaram, adversamente, o mercado interno. Nesse contexto, a economia brasileira entrou em “recessão técnica”: o PIB ajustado sazonalmente se retraiu na margem por dois trimestres consecutivos ― 2,9% no quatro trimestre de 2008 e 0,9 % no primeiro trimestre de 2009. As empresas foram impactadas duplamente: de um lado, a queda da demanda interna produziu excesso de capacidade, interrompeu as decisões de investimento e derrubou o volume de produção industrial; de outro, a desvalorização do real afetou as dívidas atreladas ao dólar e produziu perdas.

ANALISE DA ATUAL CONJUNTURA ECONOMICA BRASILEIRA
SOB O PONTO DE VISTA DA OFERTA

no primeiro trimestre de 2009, em relação ao trimestre anterior com ajuste sazonal); o PIB industrial cresceu 2,6% no segundo trimestre de 2009, o que foi decisivo para o resultado global; (ii) a relativa “imunidade” do setor de serviços aos efeitos da crise global, cujo PIB já havia crescido 1,2% no primeiro trimestre de 2009, manifestou-se novamente e fez com que houvesse expansão nesse setor no segundo trimestre de 2009 (1,7%, com ajuste sazonal). O elo de sustentação do setor de serviços e da reativação da atividade industrial foi a