Economia
Acredito sim que essa informação seja verdadeira, pois através de pesquisas e leituras cheguei à conclusão que a questão da água, indissociável da do saneamento, é talvez o principal problema que mantém homens e mulheres prisioneiros do subdesenvolvimento. Quando os pobres têm acesso à água, trata-se em geral de águas com todo tipo de bactérias, de males que os contaminam e matam. Mas, na maioria dos casos, a pobreza condena as pessoas a uma seca ainda mais catastrófica para a saúde e para as possibilidades de melhorar as condições de vida. Uma das conclusões mais chocantes da pesquisa é de que os pobres pagam muito mais caro pela água do que os ricos, justamente porque os povoados e bairros onde eles vivem carecem de instalações de abastecimento e descarga, o que os obriga a comprá-la de fornecedores comerciais, a preços exorbitantes.
Assim, os habitantes dos bairros pobres “pagam 5 a 10 vezes mais por unidade de água do que as pessoas que vivem nas zonas de elevado rendimento das suas próprias cidades – e mais do que pagam os consumidores em países desenvolvidos. Esse preço desigual faz com que os 20% de famílias mais pobres invistam um quinto de seus rendimentos em água, ao passo que em alguns países desenvolvidos o gasto médio dos cidadãos com a água representa apenas 3% de sua renda.
Não resisto a citar essa estatística do relatório: “Quando um europeu puxa uma descarga, ou quando um americano toma banho,