Economia - O caso Swatch
FACULDADE DE COMPUTAÇÃO E INFORMÁTICA
REINVENTANDO UM NEGÓCIO – O CASO SWATCH
Logo após a Segunda Guerra Mundial existiam cerca de 2500 empresas suíças de relojoaria que representavam 80% da produção mundial. A concorrência mundial fez-se sentir a partir da década de 60 com a introdução de uma linha de relógios descartáveis pela norte americana Timex e com ganhos de mercado pelas marcas japonesas Hattori-Seiko e Citizen. Por mais inabalável que pareça, uma indústria sempre está sujeita a fortes golpes da concorrência – e esses golpes enfraqueceram a indústria suíça. E, por mais tradicional que seja, uma indústria precisa investir em inovação para sobreviver – e quando se fala em inovação, não se fala apenas em novos produtos, mas em novos processos, tecnologias, estruturas etc.
A indústria relojoeira suíça aprendeu essas lições após quase chegar ao fundo do poço e de forma precisa e surpreendente acertou seus ponteiros. “Os suíços inventaram o relógio a quartzo”, disse o especialista em marketing Edward De Bono, “mas não o lançaram no mercado porque tinham medo que ele acabasse com o mercado tradicional”.
O medo acabou beneficiando outros players: “Rapidamente, o Japão e a China apoderaram-se do quartzo e, em um ano, a venda dos relógios suíços convencionais sofreu uma redução de 25%”, completa De Bono – a indústria de relógios suíça passou a vivenciar uma séria crise por causa dos fabricantes asiáticos, que ofereciam relógios a preços baixos em função da tecnologia digital que utilizavam, além dos baixos custos de sua mão de obra.
Naquele momento, Nicolas Hayek, um dos principais executivos do setor na Suíça, vislumbrou uma estratégia para recuperar a rentabilidade da ASUAG (Allgemeine Schweizerische Uhrenindustrie AG) e da SSIH (Société Suisse pour l’Industrie Horlogère SA), que eram as duas empresas suíças mais importantes do setor e que no final dos anos 70 estavam sendo acossadas pela
concorrência