ECONOMIA SOCIO AMBIENTAL
Como organizador, o que José Eli da Veiga propõe neste livro é uma revisão e uma guinada na forma de examinar o desenvolvimento e suas conseqüências. Importa, sobretudo, saber quais são as questões mais pertinentes: por que e como mudam o conhecimento, a preferências, as tecnologias e as instituições nos processos históricos, e quais são os impactos destas mudanças
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José Eduardo Mendonça
Planeta Sustentável – 09/06/2010
O surgimento de uma compilação de estudos sobre uma nova disciplina ou área do saber é sempre auspicioso – ele indica que começa a surgir uma massa crítica sobre o tema, e que seus colaboradores, ao abordá-lo de diferentes perspectivas, estão ampliando e adensando um espaço de debates. É exatamente aí que se situa Economia Socioambiental, organizado pelo professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), José Eli da Veiga, que nela coordena o Núcleo de Economia Socioambiental (NESSA). Autor de 14 livros sobre sustentabilidade, Veiga reuniu 14 colaborações, quase todas de autores associados à Sociedade Brasileira de Economia Ecológica (Ecoeco).
Muitos dos capítulos são bastante específicos para o público em geral, embora muito interessantes, e importantes, para gestores na área ambiental – como por exemplo “Dinâmica Socioambiental dos Municípios do Centro-Sul Brasileiro” ou “Pressões Ambientais e Ações de Resposta do Gestor Local Segundo o Porte Populacional do Município”, entre outros. As formulações mais gerais e abrangentes se encontram na introdução, de Veiga e Andrei C. Cechin (este, autor do importante A Natureza como Limite da Economia, já resenhado aqui), e no capítulo final, “Responsabilidade Socioambiental: As Empresas no Meio Ambiente, o Meio Ambiente nas Empresas”, de Ricardo Abramovay.
Veiga abre o livro lembrando as limitações da economia fundamental para pensar o mundo contemporâneo. Nela, os sistemas são entendidos como