Economia Rural
É um tipo de mercado em que há um grande número de vendedores (empresas) e de compradores, de tal sorte que uma empresa, isoladamente, por ser insignificante, não afeta os níveis de oferta do mercado e, consequentemente, o preço de equilíbrio, que também não é alterado pelos compradores. É um mercado "atomizado", pois é composto de um número expressivo de empresas, como se fossem átomos. Nessas condições, os preços do mercado formam-se perfeitamente segundo a correlação entre oferta e procura, sem interferência predominante de compradores ou vendedores isolados. Os capitais podem então, circular livremente entre os vários ramos e sectores, transferindo-se dos menos rentáveis para os mais rentáveis em cada conjuntura económica. Esse tipo de mercado apresenta as seguintes características:
Grande número de produtores e demandantes do produto
Produtos homogéneos: não existe diferenciação entre os produtos oferecidos pelas empresas concorrentes.
Não existem barreiras à entrada no mercado.
Transparência do mercado: as informações sobre lucros, preços etc. são conhecidas por todos os participantes do mercado. A não intervenção do Estado: o Estado não intervém no mercado, deixando o mercado regular-se através da "mão invisível da concorrência". Os preços estabelecem-se pelo livre "jogo" da Oferta e Procura. Assim, o equilíbrio seria sempre alcançado tanto a curto, como a médio e longo prazo.
Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que, a longo prazo, não existem lucros extras ou extraordinários (onde as receitas superam os custos), mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita do empresário (seu custo de oportunidade, ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra atividade, que pode ser associado a uma espécie de rentabilidade média de mercado). Assim, no longo prazo, quando a receita total iguala o custo total, o lucro extraordinário é zero, embora existam lucros normais, pois