Economia politica
De acordo com Marx, a mercadoria é a forma mais elementar de riqueza e tem como objetivo satisfazer necessidades humanas. A utilidade da mercadoria para o seu proprietário faz dela um valor de uso, este somente se realiza com a utilização ou consumo. O valor de troca revela-se na relação quantitativa entre valores de uso no poder de compra de uma mercadoria em relação à outra, desde os tempos primitivos já existia esta relação dando a mercadoria dois valores diferentes, ou seja, de troca ou de uso, dependendo do ponto de vista de quem se desfaz e de quem a adquire. Assim, para se criar mercadoria não é necessário somente produzir valor de uso, mas produzi-la para outros, podendo-se determinar o valor de uma mercadoria pela quantidade de trabalho humano onde somente as mercadorias produzidas no mesmo tempo de trabalho homogêneo, possuem valor da mesma magnitude. No decorrer da sociedade nesta relação de trocas os homens procuram estabelecer unidades de medidas, até chegar ao ouro, que se tornou a forma monetária do valor, “a moeda” como forma de preço, assumindo seu caráter geral quando se determinou um valor único e invariável como equivalente, sendo este consensualmente aceito por todos, é desta forma geral que se dá a transição para a forma dinheiro, mediante a definição de um equivalente que tenha consistência objetiva e validade social universal. O ouro converte-se então em mercadoria dinheiro e assume a sua forma, ao adquirir tal posição no mundo das mercadorias, o ouro passa a desempenhar não apenas o papel de equivalente universal, mais ainda, por consenso social. O mistério da mercadoria é indicado em razão de a mesma encobrir o trabalho humano como representativo do seu valor, apresentando-as como características materiais e propriedades sociais inerentes aos produtos do trabalho. Sob o aspecto mais concreto, a origem desses mistérios da mercadoria prende-se ao fato de os produtores atuarem independentemente, não