economia politica
INTRODUÇÃO GERAL
1. O mundo como fábula, como perversidade e como possibilidade
“Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. Haveria nisto um paradoxo pedindo uma explicação?” (p.17).
“Explicações mecanicistas são, todavia, insuficientes. E a maneira como, sobre essa base material, se produz a história humana que é a verdadeira responsável pela criação da torre de babel em que vive a nossa era globalizada. “(p.18)
“devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o mundo como ele pode ser: uma outra globalização.”(p.18)
O mundo tal como nos fazem crer: a globalização como fábula
“Este mundo globalizado, visto como fábula, erige como verdade um certo número de fantasias, cuja repetição, entretanto, acaba por se tornar uma base aparentemente sólida de sua interpretação(Maria da Conceição Tavares, Destruição não criadora, 1999)”(p.18)
“Fala-se, por exemplo, em aldeia global para fazer crer que a difusão instantânea de notícias realmente informa as pessoas. A partir desse mito e do encurtamento das distâncias — para aqueles que realmente podem viajar— também se difunde a noção de tempo e espaço contraídos.”(p18-19)
“Um mercado avassalador dito global é apresentado como capaz de homogeneizar o planeta quando, na verdade, as diferenças locais são aprofundadas. Há uma busca de uniformidade, ao serviço dos atores hegemônicos, mas o mundo se torna menos unido ,tornando mais distante o sonho de uma cidadania verdadeiramente universal. Enquanto isso, o culto ao consumo é estimulado .Fala-se, igualmente, com insistência, na morte do Estado ,mas o que estamos vendo é seu fortalecimento para atender aos reclamos da