ECONOMIA PESSOAL
Mandela foi um dos poucos serem humanos que podemos afirmar com certeza que viveu uma vida guiada por um propósito, logo, sua credibilidade aumenta quando fala sobre dinheiro. Nós sabemos que ele não era um cara que viveu para juntar moedinhas, mas tampouco uma pessoa que vivia na pobreza.
Essa peculiaridade é interessante para nós analisarmos, pois, principalmente na mentalidade do povo brasileiro, existe uma supervalorização da condição de pobreza, como se a única pessoa digna realmente fosse a pobre, enquanto a rica, ou mesmo, apenas uma classe média confortável, é vista como dinheirista, mesquinha. Tem muito brasileiro que tem vergonha de admitir que deseja fazer dinheiro, se escondendo por trás de discursos que giram em torno do “só o necessário para viver confortavelmente e prover segurança e educação para minha família”, como se admitir a vontade de “fazer mais” do que isso fosse passar atestado de avarento.
Essa frase de Nelson Mandela expõe um dos principais fatores inerentes ao dinheiro: a liberdade.
Junto com a vontade de ter uma vida mais confortável financeiramente, vem naturalmente o desejo de ter sucesso profissional, de ser reconhecido na carreira escolhida, de se sentir útil para a sociedade, realizado dentro daquilo que se gosta de fazer. Isso é humano, é natural…
Esses três fatores, contudo, estão intimamente interligados: a liberdade, o dinheiro e o sucesso. Um precisa do outro e eles se retroalimentam.
Quem não tem liberdade, geralmente porque não tem dinheiro suficiente para se sentir livre e fazer o que bem entende, não tem sucesso, porque troca as possibilidades de crescimento pela segurança de um pagamento certo no final do mês.
Isso vira uma bola de neve, uma vez que você aceite fazer