Economia marxiana
Os que aderem a economia marxiana, particularmente na academia, a distinguem do marxismo como uma ideologia política, argumentando que a abordagem de Marx para entender a economia é intelectualmente valiosa por si própria, independentemente da defesa de Marx do socialismo revolucionário ou da inevitabilidade da revolução do proletariado.[1][2] Ela não se baseia exclusivamente na obra de Marx e outros conhecidos marxistas (Lenin, Trotsky, etc.), mas pode absorver de fontes marxistas e não marxistas. Sua obra é vista como a base para uma abordagem analítica viável, em alternativa à economia neoclássica. Faz explicitamente considerações políticas e sociais em sua análise, sendo por isso amplamente normativa.
Marx e a economia clássica
A economia de Marx tomou como ponto de partida a obra dos mais famosos economistas de seu tempo, os economistas clássicos britânicos: Adam Smith, Thomas Malthus e David Ricardo.
Smith, na Riqueza das Nações, argumentou que a característica mais importante de uma economia de mercado é que ela permitia um rápido crescimento nas habilidades de produção. Smith dizia que um mercado em crescimento estimulava uma maior divisão do trabalho, o que aumentaria a produtividade total da economia. Apesar de que Smith geralmente disse pouco a respeito dos trabalhadores, ele notou que uma maior divisão do trabalho poderia, em um determinado momento[carece de fontes?], causar dano àqueles cujas ocupações eram cada vez mais mecanizadas e repetitivas.
Marx seguiu Smith quando afirmou que o mais importante (e talvez único) benefício econômico do capitalismo era um rápido crescimento na produtividade. Marx também desenvolveu bastante a noção de que os trabalhadores poderiam ser prejudicados a medida que o capitalismo se tornava mais produtivo.
Além disso, nas Teorias da Mais-valia, Marx notou: "Nós vemos um grande avanço feito por Adam Smith em relação aos