Economia do Brasil entre 1945-1964
FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL
Discuta o Brasil entre 1945-1964 a partir dos seguintes pontos:
a) Transformações estruturais (substituições de importações)
b) Política econômica
O ponto de partida definidor destas análises consiste em entender a substituição de importações como resposta ao estrangulamento externo, a denominada teoria dos choques adversos. As crises da agro-exportação, incidindo em cheio sobre a balança comercial, traziam à tona as contradições de uma economia que, embora, voltada para fora, não conseguia gerar divisas para manter sua pauta de importações e pagar o serviço de sua dívida externa. Mesmo abordando este lado financeiro do problema, os economistas cepalinos centravam suas análises sobre o estrangulamento externo no lado real da economia, enfatizando os problemas estruturais que acabavam se manifestando na balança comercial, com conseqüências negativas que se alastravam para o conjunto da economia. Por exemplo: as dificuldades da balança comercial associavam-se à estrutura da pauta de exportações, centrada em um ou dois produtos primários, que por sua vez eram produzidos de forma extensiva, com baixa produtividade, em grandes propriedades improdutivas. Assim, a estrutura agrária ajudava a explicar a pouca dinamicidade das exportações e as dificuldades no balanço de pagamentos.
O cerne da problemática do crescimento “para fora” típico de nossas economias está evidentemente vinculado ao quadro de divisão internacional do trabalho que foi imposto pelo próprio processo de desenvolvimento das economias líderes e do qual decorria, para os países da periferia, uma divisão do trabalho social totalmente distinta da do entro. No caso dos países desenvolvidos, não havia, como não há, uma separação nítida entre a capacidade produtiva destinada atender aos mercados interno e externo. Não é possível distinguir um setor propriamente exportador: as manufaturas produzidas são tanto exportadas quanto consumidas em