Economia da America Latina
A primeira década do século XXI registra o crescimento de grande parte das economias dos países da América Latina, impulsionado pela alta nos preços internacionais das principais commodities e, principalmente, do aumento da demanda asiática por produtos primários desde o final dos anos
90.
Os países latinos americanos do século XXI não exportam só bens
primários, segundo Pérez Caldentey (2008), esses países também exportam mão de obra. Atualmente, o cenário de supervalorização internacional dos preços de commodities, no qual a maioria dos países da América Latina obteve saldos positivos em conta corrente.
Contudo, foram nas últimas décadas do século passado que ocorreram as primeiras transformações profundas na América Latina, como o resultado de sua inserção no comércio internacional, devido à expansão secular do capitalismo industrial e às mudanças na demanda mundial, sendo geradas pela industrialização e pela urbanização nos países centrais, que possibilitaram a expansão, nas regiões periféricas, da produção agrícola e da mineração destinadas ao mercado mundial.
A contrapartida às transformações decorre da estagnação ou o desaparecimento de diversas atividades, dentre elas a pequena produção agrícola de subsistência e as manufaturas de caráter artesanal, estas últimas submetidas à concorrência da produção industrial dos países adiantados.
A ascensão de algumas atividades produtivas, em detrimento de outras, foi acompanhada por um reordenamento territorial não menos profundo, provocado pela implantação das ferrovias, pela modernização dos portos e pelo crescimento
de
grandes
centros
urbanos
que
concentraram
a
administração pública, as atividades comerciais e financeiras e a incipiente indústria fabril.
Nesse
processo,
houve
uma
traumática
passagem
de
formas
econômicas pré-capitalistas para um tipo de capitalismo dependente ou periférico — como o denominamos atualmente