Economia criativa x crise economica de 2008
CTS III (ECT1306) – 2012.1
Ney Pimentel Targino de Oliveira
No ano de 1997, o governo do ex-primeiro ministro, Tony Blair, perante de uma disputa econômica mundial acirrada, motivou a formação de uma força tarefa multissetorial incumbida de analisar as contas nacionais do Reino Unido, as intenções mercadológicas e as vantagens competitivas nacionais. De acordo com o então
Secretário de Cultura do Reino Unido, Chris Smith, a ação concebia um exercício praticamente único no governo – transversal às clássicas divisões do governo britânico, unindo assim Estado e indústria em uma parceria e definindo metas para temas específicos. Nessa análise foram criadas as chamadas indústrias criativas. Identificadas basicamente como, as que têm sua origem na criatividade, habilidade e talento individuais e que apresentam um potencial para a criação de riqueza e empregos por meio da geração e exploração de propriedade intelectual.
Com o passar dos anos, essa indústria foi difundida para diversos países, tais como Cingapura, Brasil e Índia, obtendo aumentos destacáveis na economia, por vezes com taxas de crescimentos duas vezes maiores que o do PIB daquele país (6% ao ano, no período 1997-2005, frente a 3% do total do PIB britânico), evidenciando ali o seu poder vantajoso de geração de renda.
Em contrapartida a esse cenário, o mundo começava a soltar “as faíscas” daquele que vinha a ser um dos maiores colapsos financeiros do mundo pós-crise de 29. Com as nações, ditas na época, mais ricas e estáveis economicamente do mundo, sofrendo as consequências das quebras de bancos e de algumas grandes empresas. Nessa conjuntura o poder de investimento das nações diminuiu drasticamente, o que poderia limitar o desenvolvimento de uma nova economia.
Fato esse que, segundo relatório das Nações Unidas sobre Economia Criativa
2010, fica apontado que a crise financeira internacional de 2008 não abalou o crescimento do setor.