A economia colonial brasileira foi até o final do século XIX e era baseada em ciclos econômicos (como o ciclo da cana-de-açúcar no Nordeste, da borracha no Norte, couro no Rio Grande do Sul, ouro em Minas Gerais, café no Sudeste). De 1850 a 1930, o país era considerado arquipélago econômico, pois tinha suas áreas desarticuladas. Até 1930, o café foi o ciclo econômico mais importante e o produto principal na agroexportação; o dinheiro que a cafeicultura fornecia, passou a ser aplicado nas indústrias (de produtos não duráveis), além disso, proporcionou a urbanização do Sudeste, malha ferroviária, criação de bancos, mão de obra assalariada, e mercado interno consumidor, porém, com os efeitos da quebra da Bolsa de Nova York, a qual afetou fortemente a agricultura cafeeira, surgiu à necessidade de modificar-se o eixo da política econômica brasileira, que assume caráter mais nacionalista e industrialista. A 1ª Revolução Industrial no Brasil, no final do século XIX pode ser considerada de ‘‘fachada’’, pois era muito artificial e frágil – apenas indústrias têxteis e de alimentos (produtos não duráveis). A nação importava quase tudo e os países ricos já estavam na sua 2ª Revolução Industrial, com indústrias de base. Pode-se dizer que a R.I. brasileira foi invertida, pois os bens de consumo duráveis eram os que estavam na base de produção, desigual a dos países desenvolvidos que tinham em sua alicerce, as indústrias de bens de produção. A partir de 1930, começou a articulação interna do Brasil – ligação das regiões, com projetos de colonização do interior, destacando que as ferrovias do Sudeste não foram feitas para integrar regiões, mas sim com o objetivo de ligar o interior paulista (cidade de Jundiaí) até o Porto de Santos. A partir da década de 30, o Brasil tem um novo modelo de desenvolvimento – o urbano industrial, ocorrendo então, a 2ª Revolução Industrial Brasileira, onde o país investe em indústrias de base e bens de produção, como siderurgia e metalurgia.