Economia Brasileira (A crise de 1930 e o avanço da industrialização brasileira)
Economia Brasileira (A crise de 1930 e o avanço da industrialização brasileira)
A grande crise na economia mundial da década de 1930 é um marco fundamental da produção industrial brasileira. Esse processo histórico foi sintetizado na literatura na expressão processo de industrialização por substituição de importações (ou PSI).
A Grande Depressão A primeira metade do século XX foi marcada por três acontecimentos: a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Grande Depressão (1929-1933) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Foram guerras imperialistas, que envolveram os países mais ricos. As economias iniciam um período de crescimento apoiado no aumento da produção, do consumo e do nível de investimentos, em um “círculo virtuoso”. Porém, o ciclo de crescimento sofre inflexão, e inicia-se um “círculo vicioso”: caem investimentos, produção e vendas. As economias capitalistas são intrinsecamente instáveis.
A segunda Grande Depressão (1929-1933, que na verdade só terminou com o início da Segunda Guerra Mundial) é chamada de Grande Depressão e foi o período histórico de maior redução de atividade em quase todos os países, com exceção da União Soviética. O mundo que emergiu da Grande Depressão e da Segunda Guerra foi marcado pelas políticas econômicas intervencionistas de inspiração keynesiana e pela busca da construção do Estado de bem-estar social nos países desenvolvidos. No Brasil, a Revolução de 1930 ocasionou a perda da hegemonia política pela burguesia cafeeira em favor da classe industrial ascendente.
A Política de Defesa do Café As consequências da crise do café nos anos 1930 foram gravíssimas. No final do século XIX, o Brasil já era o principal produtor de café, responsável por três quartos das exportações mundiais.
Pelo lado da oferta, a produção, tendeu sempre a aumentar, resultando periodicamente em crises de superprodução. Devido à força econômica e política da burguesia cafeeira, desenvolveram-se vários mecanismos de defesa