Economia brasileira - semi
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1 - Caracterize as estratégias antiinflacionárias da Nova República anteriores ao Plano Cruzado. Houve corte adicional de 10% no orçamento fiscal e proibição de contratações para o serviço público. Como a inflação já havia atingido 12,7% em abril, foi introduzido elementos heterodoxos: congelamento dos preços e alteração do cálculo da correção e das desvalorizações cambiais, promovendo ampliação da “memória inflacionária”. Com a inflação em 7,6%, o governo decide estender o congelamento, ignorando o ônus existente para o setor público. Além disso, cria pressões cada vez maiores para o setor privado onde os custos de produção haviam crescido em termos reais. Ao final do ano, a inflação retomava o seu ímpeto. Fatores como a inflação reprimida durante o congelamento de preços decretado em abril e a ocorrência de novo e violento choque agrícola em novembro foram determinantes para a criação de uma nova onda de aumentos no índice mensal de preços. Várias eram as propostas em discussão: reajustes trimestrais e reajustes mensais, baseados na variação de um índice de preços ao consumidor; reajustes mensais prefixados, a cada três meses; e escala móvel com o gatilho de 30%. Enquanto o debate prosseguia, abonos, adiantamentos e esquemas alternativos de indexação eram utilizados, conformando uma política salarial na prática, fruto da livre negociação de trabalhadores e empregadores. Os preços continuavam controlados, permitindo uma reposição salarial. Tendo evitado visitas do FMI, ou seja, sem estar comprometido com o estabelecimento de um novo acordo, o governo pôde realizar políticas monetária e fiscal com vista no crescimento da economia. Para isso foram fundamentais os superávits mensais da balança comercial.
2 – Por que os planos Bresser e Verão falharam na tentativa de debelar o processo inflacionário. O plano Bresser não obteve o resultado esperado devido a falta de credibilidade do governo perante a população e o congresso, além da inexistencia de reformas