Economia Brasileira - Década de 1980
Economia Brasileira - Década de 1980
Fatos relevantes da economia brasileira na década de 1980
CRISES DE 1980 a 1990
O Comitê de Datação de Ciclos Econômicos da FGV identificou que a maior crise que o país passou durou 30 meses entre junho de 1989 e dezembro de 1991. Esse período engloba a fase mais crítica de hiperinflação, quando o índice alcançou 80% ao mês e o Plano Collor , que teve como medida mais traumática o confisco, por 18 meses, dos saldos de conta-correntes e cadernetas de poupança.
1981 – RECESSÃO
Em 1981 os bancos internacionais interromperam o fluxo de financiamentos por um erro de regulamentação bancária do governo americano, que proíbe seus bancos de emprestar mais de doze vezes seus capitais, de acordo com regra fixada em 1933 e mantida nos acordos sucessivos que na última versão são os acordos de Basiléia I e II.
Em 1980 esses bancos tiveram seus capitais corroídos pela inflação americana de 14%%. Como a regulamentação americana não prevê a correção dos capitais dos bancos, aquelas instituições superaram seu nível máximo de empréstimos (Stephen Charles Kanitz, in Veja, 16.06.93, p. 98).
Para o Brasil as consequências foram terríveis. O país passou de uma década de 1970 em que recebia recursos reais do exterior, complementando a poupança doméstica, para uma situação de remessa de recursos reais para o exterior. Então houve drástica redução da capacidade de investimento, além de crise no balanço de pagamentos.
Portanto em 1981 não existia um superendividamento do Brasil que teria sido causa da interrupção dos financiamentos.
Em 1981 o PIB caiu 3% e a inflação permaneceu no patamar de 100% até 1982. O Brasil entrou em uma recessão em 1981 que se arrastou por nove trimestres. Foi a mais intensa na história do país, com uma contração acumulada no PIB de 8,5%%.
Em 1982 o México decretou moratória em sua dívida, precedendo o Brasil que já estava em colapso.
Em 1983 com novo pacote ortodoxo monitorado pelo FMI a inflação passou