Economia Brasileira - anos 60
Em 1961, o ex-governador de São Paulo, Jânio Quadros, é eleito presidente e herda um conjunto de problemas macroeconômicos da gestão JK, tais como: aceleração inflacionária, déficit fiscal e pressão sobre o balanço de pagamentos. Para resolver essa questão, Quadros lança um pacote econômico ortodoxo, que incluía entre, outras medidas, a desvalorização cambial, a unificação da taxa de câmbio, a redução do gasto público e uma política monetária restritiva. Apesar de ter obtido apoio dos credores internacionais e do Fundo Monetário Nacional (FMI), Quadros não conseguiu levar adiante sua estratégia econômica. Proveniente do pequeno Partido Trabalhista Nacional (PTN), o presidente não conseguiu formar uma base de sustentação para o seu governo no Congresso Nacional, dominado pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e pelo Partido Social Democrático (PSD). Por fim, em agosto de 1961, após cumprir uma pequena fração do seu mandato, o presidente de hábitos excêntricos renuncia de forma tão enigmática quanto a sua própria personalidade. De acordo com a Constituição da época, com a renúncia, o vice-presidente, João Goulart, que estava em viagem oficial pela China comunista, deveria assumir o poder. Considerado populista, de esquerda e muito ligado aos sindicatos, Goulart não era bem aceito pelos setores mais conservadores da sociedade. Os opositores tentaram impedir a sua posse, o que faz surgir uma frente legalista, liderada pelo governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola (cunhado de João Goulart)