Economia açucareira
Segundo Caio Prado Junior a “Economia Açucareira” se inicia em meados do século XVI, onde o Rei de Portugal querendo defender suas terras americanas, pelo método de povoamento e colonização. Mas ninguém se interessava pelo Brasil, todas as atenções de Portugal estavam voltadas para o Oriente e seu grande comercio, e a população de Portugal era bastante escassa, pois, não passava naquele século de dois milhões. A solução que ele encontrou foi a divisão do Brasil em capitanias e cedendo a pessoas dotadas de grandes posses.
A grande aposta do Rei de Portugal era a cultura da cana-de-açúcar, eles já possuíam conhecimento suficiente do Brasil, para saber que o seu clima (tropical) quente e úmido era altamente favorável. O açúcar era um bem raro e precioso na Europa, o seu valor era altíssimo assim era mercado certo na Europa.
A exploração da cana, manualmente em baixa escala, não gerava lucro algum, por isso o sistema de plantação adotado no Brasil foi à grande propriedade. “ A grande propriedade será acompanhada no Brasil pela monocultura; os dois elementos são correlatos e derivam da mesmas causas. A agricultura tropical tem por objetivo único a produção, de certos gêneros de grande valor comercial, e por isso altamente lucrativos.” Juntamente com a grande propriedade monocultural instala-se o trabalho escravo.
A organização das propriedades açucareira foi sempre a mesma. O seu elemento central é o engenho, onde se localizam as instalações para a manipulação da cana e o preparo do açúcar. O engenho é um estabelecimento complexo, compreendendo numerosas construções e aparelhos mecânicos como a moenda, caldeira, no engenho existe também basicamente a casa grande (habitação dos senhores), a senzala dos escravos e instalações acessórias(oficinas). Suas terras alem dos canaviais são reservadas, para pastagem de animais, culturas alimentares e matas para o fornecimento de madeira. O número de trabalhadores (escravos), nos bons engenhos são de