economia angola após a guerra
2.1 Desafios do Pós-Guerra
Angola é potencialmente um dos paíse mais ricos da África, entretanto foi muito danificada por mais de três décadas de guerra civil desde a sua independência em 1975. Os principais protagonistas deste conflito foram as duas partes que participaram na luta pela independência: o Movimento Popular da Libertação de Angola (MPLA) que assumiu o poder desde a independência e governou o País desde então e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). Os conflitos foram também agravados por superpotências rivais e conflitos regionais na África Austral.
A maior parte dos efeitos negativos da guerra ocorreu desde o final de 1992. Os conflitos ocorridos desde então afetaram muitas cidades e a maior parte das infra-estruturas básicas do
País foi destruída ou degradou-se devido aos efeitos acumulados de uma inadequada manutenção e à falta de investimentos. Em várias áreas do País as estradas tornaram-se intransitáveis devido a destruição das pontes, a presença de minas terrestres e a deterioração dos pavimentos. O transporte rodoviário e os tres principais eixos ferroviários foram paralisados. Também sofreram actos de sabotagem, as infra-estruturas das barragens hidroeléctricas, as redes de distribuição de energia e de fornecimento de água e dos sistemas de irrigação. Como resultado, em muitas capitais de províncias e vilas, os sistemas de fornecimento de energia e água necessitam recuperação.
A economia agrária sofreu sobremaneira com a deslocação dos camponeses das áreas de conflito, o abate indiscriminado do gado, a pilhagem dos haveres dos camponeses, inacessibilidade das áreas rurais e cidades devido às minas e a paralisação de toda a actividade comercial, prejudicando tanto o fornecimento de insumos aos camponeses como o escoamento dos produtos para os mercados. Embora os danos causados à agricultura sejam visualmente menos impressionantes do que a destruição nas cidades e no