Econometria
Este estudo tem por objetivo testar, através de um modelo econométrico se há convergência entre a renda per capta dos municípios do estado de São Paulo entre os anos 2000 à 2008. A partir da teoria da convergência de renda de Baumol (1986), a hipótese de existência de convergência entre as rendas foi testada, utilizando o teste de β-convergência. Os resultados obtidos implicam que há dependência entre o valor inicial da renda per capta e sua taxa de crescimento, de modo que, os municípios com maior renda (mais desenvolvidos) crescem menos que os municípios com menor renda (menos desenvolvidos).
Palavras-chave: Municípios do estado de São Paulo, convergência de renda per capta.
Introdução
O modelo de convergência da renda é uma teoria neoclássica, que explica os rendimentos marginais decrescentes dos fatores de produção ou da renda per capita inter-regionais (se fosse adotada a condição de livre mobilidade dos fatores).
Nesse estudo analisaremos a convergência da renda per capita para os municípios do Estado de São Paulo; e verificaremos se a diferença entre os municípios ricos e pobres diminuem conforme o tempo em relação à renda.
A partir dos estudos de Baumol (1986), no qual ele analisa a renda de 16 países capitalistas desenvolvidos (industrializados), encontrou-se uma forte correlação inversa entre os níveis de produtividade dos países em 1870 a 1979. Conforme a correlação negativa, os países que tiveram uma menor renda inicial teriam uma maior taxa de crescimento. E, portanto, a longo prazo todos se igualariam.
Aplicando a teoria da existência de convergência da renda entre os municípios do estado de São Paulo, mostra-se que os municípios pobres cresceriam a taxas mais altas que os mais ricos.
Nosso estudo testará se há convergência nos municípios de São Paulo, no período de 2000 a 2008.
Por que o Estado de São Paulo?
É o Estado com a maior população do Brasil, mais de 40 milhões de habitantes distribuídos em 645 municípios, e a