Ecologia Social
Ecologia social é um conceito criado pelo geógrafo anarquista Elisée Reclus em fins do século XIX e reapropriado pelo filósofo Murray Bookchin nos anos de 1960.
Sustenta a idéia que os problemas ecológicos atuais estão arraigados e profundamente assentados em problemas sociais, particularmente no domínio dos sistemas políticos e sociais hierarquizados. Estes resultaram de uma aceitação não-crítica de uma filosofia hipercompetitiva do crescer ou morrer. Sugere também que não é possível fazer frente a tais problemas através de ações individuais como o consumismo ético, mas precisa estar relacionado a formas de pensamento éticos mais profundas e atividades coletivas fundamentadas em ideais democráticos radicais (libertários). A complexidade das relações entre pessoas e a natureza é enfatizada, junto com a importância de se estabelecer estruturas sociais que possam levar em conta tais relações.
A ecologia social não quer apenas o meio ambiente. Quer o ambiente inteiro. Insere o ser humano e a sociedade dentro da natureza. Preocupa-se não apenas com o embelezamento da cidade, com melhores avenidas, com praças ou praias mais atrativas. Mas prioriza o saneamento básico, uma boa rede escolar e um serviço de saúde decente. A injustiça social significa uma violência contra o ser mais complexo e singular da criação que é o ser humano, homem e mulher. Ele é parte e parcela da natureza. A ecologia social propugna por um desenvolvimento sustentável. É aquele em que se atende às carências básicas dos seres humanos hoje sem sacrificar o capital natural da Terra e se considera também as necessidades das gerações futuras que têm direito à sua satisfação e de herdarem uma Terra habitável com relações humanas minimamente justas. Mas o tipo de sociedade construída nos últimos 400 anos impede que se realize um desenvolvimento sustentável. É energívora, montou um modelo de desenvolvimento que pratica sistematicamente a pilhagem dos recursos da Terra e explora a força