eco-cidadania

Camilo Castelo Branco (1825-1890) nasceu no dia 16 de março, na freguesia dos Mártires, em Lisboa, Portugal. Filho de Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco e de Jacinta Rosa do Espírito Santo Ferreira. Ficou órfão de mãe com um ano e de pai com 10 anos. Foi morar com uma tia e depois com sua irmã mais velha. Em 1841, com apenas 16 anos, casou-se com uma jovem de 14 anos, Joaquina Pereira, mas logo deixa a mulher. Viveu uma vida agitada e teve vários casos amorosos que provocaram escândalos. Escreveu irreverentes crônicas para jornais. Ingressou na Escola de Medicina na cidade do Porto, mas não concluiu o curso, dedicou-se à atividade literária, vivendo exclusivamente de seus trabalhos.
Foi o primeiro escritor português a viver exclusivamente da sua atividade literária (os seus trabalhos jornalísticos e as novelas que publicava em ritmo frenético). O ritmo a que escrevia, apelidado de “forçado das letras”, não lhe permitia trabalhar a escrita como gostaria, o que será explicação para a irregularidade qualitativa das suas obras, onde se podem encontrar textos de grande qualidade e outros que, pela sua fraca qualidade, não resistiram ao tempo.
Na sua escrita estão presentes grandes contradições, variando entre o idealismo e o materialismo, que deixa transparecer no seu sarcasmo e na sua incisiva crítica aos hábitos e costumes da sociedade da época.Ao nível da corrente literária, Camilo Castelo Branco integra-se no ultra-romantismo, com uma certa tendência para a realidade. A visão realista de escritor é reflexo do seu percurso de vida.
Em 1889 quando se torna uma celebridade nacional como escritor, recebe uma homenagem da Academia de Lisboa. Foi considerado o criador da novela passional portuguesa recebeu o título de Visconde concedido pelo rei de Portugal, D. Luis I.
Anos depois com uma doença nos olhos que pouco a pouco lhe tirava a visão, fez Camilo mergulhar em profunda depressão. Depois de saber que ficaria definitivamente cego, Camilo suicidou-se em São