Eco 92 e Rio + 20
Pleiteia-se um acordo de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - um conjunto de metas ambientais para a partir da próxima década - além de acordos e protocolos para pôr em prática um modelo socioeconômico que leve em conta preocupações ambientais.
Conclusões e expectativas
A Eco-92 terminou com um importante documento simbólico - a Declaração do Rio, que, por conter princípios éticos pela busca de um futuro sustentável, foi considerado o equivalente ambiental à Declaração Universal dos Direitos Humanos - e com a Agenda 21, que traçou a agenda ambiental para décadas seguintes.
Mas o documento não logrou estabelecer compromissos de repasses financeiros de países ricos para programas ambientais, e a redução das emissões de CO2 para níveis dos anos 1990 também foi vaga - e não foi cumprida.
A Rio+20 terá dificuldades em chegar a um documento final de impacto e com metas concretas para os países signatários, já que não há consenso internacional sobre temas como emissão de gases-estufa. Tampouco há previsão de um substituto para o Protocolo de Kyoto, que vence neste ano.
O Brasil
O país-sede da Eco-92 vivia sob seu primeiro governo eleito pelo voto direto após a ditadura, mas a conferência ecológica aconteceu simultaneamente à CPI do Collorgate, que culminou, mais tarde, no impeachment do presidente Fernando Collor de Mello.
O Brasil recebe a Rio+20 num momento de crescimento em sua produção de petróleo e como um dos líderes na produção de etanol. O país tenta se projetar como líder ambiental global, mas a preservação de seu ecossistema é colocada em xeque por medidas de estímulo ao desenvolvimento econômico (por exemplo, a redução de IPI para montadoras, que incentiva o uso de automóveis).
O debate se estende também ao Código Florestal, aprovado em meio a um enfrentamento entre