A principal característica do Sistema Internacional é que ele é um sistema anárquico, onde há reuniões regulares entre os Estados, para as Relações Internacionais, o ambiente constituído pelos Estados e pelas diversas instituições internacionais, como a ONU ou a OCDE, em interação no mundo, ou ainda, refere-se ao conjunto deles. O termo tem uso arraigado nos estudos das Relações Internacionais, tendo significação geralmente ampla. Traz em seu bojo a ideia de uma hierarquização entre os Estados, sendo esta baseada nas capacidades políticas, militares e econômicas. Às vezes é referido simplesmente como "sistema de Estados" ou "Governo do Mundo". É um conceito-chave das Relações Internacionais, tendo sua formulação pelo reconhecimento de que as relações entre os Estados são norteadas por elementos estruturais no seu contexto de interação: leis internacionais, instituições, alianças, associações, etc., em oposição à idéia do simples domínio da "lei da força" ou da suposta ausência de qualquer tipo de ordenamento jurídico internacional. Essa formulação teórica permite antever ou ao menos formular um quadro concreto do desenvolvimento das relações internacionais ao observar, neste âmbito, a hierarquização entre os Estados de acordo com sua força, seja ela econômica ou político-militar, em oposição ao quadro caótico de uma "anarquia internacional". O conceito de sistema não é consensual em nenhuma área das Ciências Humanas. Também não é entre as Ciências Naturais, mas a aderência a métodos matemáticos é melhor aceita na segunda. Disto decorre que as tentativas de aplicação das concepções sistemáticas de uma na outra resultam em uma vasta produção acadêmica que nem sempre é adequada. O resultado é a confusão em suas mais variadas dimensões. Nesse sentido, Kenneth Walts (1979, p.58-9) coloca que: ‘’ Os estudantes da politica internacional que dizem seguir uma abordagem sistemática caem em duas categorias. Uns simplesmente utilizam termos tais como ‘sistema’ e