Ebola
Aluno: Thales
Ebola
O vírus Ebola pertence ao género Filovírus, família Filoviridae. O outro vírus deste género é o vírus Marburgo. A morfologia do vírus Ébola varia consoante a partícula viral de que se trata, ou seja, é pleomórfica, o que significa que pode surgir com diferentes formas. Normalmente tem a forma de “U” ou baciliforme, mas também pode apresentar-se de forma circular. O vírion é revestido por uma lipoproteína derivada da célula hospedeira, esta membrana lipoproteica tem alongamentos em forma de espinhos. O vírus penetra nas células por ligação de uma glicoproteína, que existe na superfície deste, a receptores membranares da célula. Uma vez efetuada a ligação, o vírus penetra, com facilidade, na célula passando a controlar o processo de tradução, obtendo desse modo, as estruturas necessárias à sua proliferação. Fora do hospedeiro, o Ebola é considerado como um vírus frágil, pois a partícula viral é sensível ao calor, ao pH ácido, radiação e a soluções hipocloríticas.
Sintomatologia
O Ebola tem um grau de patogenia de nível 4 (superior ao do HIV que é de nível 2) e o período de incubação do vírus varia entre 2 a 21 dias. Os sinais dos primeiros sintomas podem aparecer entre quatro a quarenta dias depois da exposição ao vírus. Inicialmente o vírus se multiplica nas células do fígado, baço, pulmão e tecido linfático, causando danos significativos e hemorragias. Os primeiros sintomas são: febre alta e repentina; dores musculares; dor de cabeça; conjuntivite (inflamação nos olhos), que neste caso resulta em cegueira; dor de garganta e fraqueza. Após alguns dias, surgem vômitos e diarreia (acompanhados ou não de sangue), erupções na pele, redução das funções do fígado e dos rins, perturbações cerebrais e alteração de comportamento. As transfusões de sangue num paciente neste estado são difíceis de executar, pois o sangue não consegue coagular o que torna difícil de parar a hemorragia. A