Ebenezer
Havendo avançado em suas batalhas, Samuel pegou uma pedra e a colocou como marco para que o povo lembrasse até onde tinha ido e pudesse agradecer ao Senhor, pois a vitória só fora possível porque haviam recebido ajuda divina. Viajando muito, como é nossa prática, eu vejo cruzes ao longo da estrada. Elas também são marcos que servem para lembrar que, naquele ponto, uma vida foi ceifada pela violência do trânsito. Quando passo pelas estradas e observo as cruzes, fico pensando em quem teriam sido aquelas pessoas: em que trabalhavam, se eram jovens ou maduras, se tinham filhos ou não. Fico pensando nas pessoas em quem deixaram saudades por sua súbita partida e o vazio que ficou pela sua ausência. As cruzes da estrada são marcos de perdas, mas as pedras de Samuel eram marcos de vitória. Marcos, de qualquer modo, são testemunhos de uma história que alguém deseja que seja lembrada. Mas, na trajetória cristã, vale mais lembrar os ganhos que as perdas, uma vez que a morte não é a última resposta. Por isso, pergunto a você: o que deseja deixar como marcos em sua vida? Cruzes ou pedras?
No sentido em que estamos refletindo, deixar cruzes como marcos significa memórias tristes, de perdas e fracassos. São sinais que apontam a morte, a decepção e a tristeza. Há cristãos deixando estas marcas quando seu proceder contraria a lógica do Reino de Deus. Uma tristeza invade famílias, igrejas, relacionamentos, quando a morte é a marca que deixamos. Nosso testemunho é de ressurreição, de mudança; de transformação. Qualquer coisa distinta disto contraria a expectativa de Deus em nós e frustra o discipulado em nossa vida. Onde você tem sido visto? O que tem feito? Como tem agido diante dos desafios? Sua palavra é a rocha que edifica ou a cruz que apenas marca o lugar da perda, da morte, da dor?
Ao contrário, os marcos em nossa vida devem ser as pedras, até porque Jesus não