Dívida bruta
DO SETOR PÚBLICO: o que a queda da dívida líquida não mostra?
Josué Alfredo Pellegrini
Textos para Discussão
Junho/2011
95
SENADO FEDERAL
DIRETORIA GERAL
Doris Marize Romariz Peixoto – Diretora Geral
O conteúdo deste trabalho é de responsabilidade dos autores e não representa posicionamento oficial do
Senado Federal.
CONSULTORIA LEGISLATIVA
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CONSULTORIA DE ORÇAMENTOS
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NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS
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Núcleo de Estudos e Pesquisas do Senado Federal tem por missão organizar, apoiar e coordenar projetos de estudos e pesquisas que visem à produção e à sistematização de conhecimentos relevantes para o aprimoramento da atuação do Senado Federal.
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U
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ISSN 1983-0645
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RESUMO
O texto analisa a evolução da dívida bruta e do ativo do setor público, bem como de seus componentes no período de dezembro de 2006 a março de 2011. Constata-se que tal abordagem traz importantes informações não evidenciadas quando se analisa apenas a dívida líquida, como é usual. Nos últimos anos, houve forte aumento do ativo do setor público, financiado com endividamento e com superávit primário. O resultado foi a coexistência de queda da dívida líquida e aumento da dívida bruta. Os responsáveis pelo aumento do ativo foram os créditos concedidos pela União ao BNDES e as reservas internacionais. Como o rendimento desses ativos é baixo frente ao custo da dívida pública, a tendência da política de compra de ativos é elevar os juros líquidos devidos pelo setor público, o déficit público e,
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