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CASO ZARA
Quando um atacadista alemão cancelou repentinamente um grande pedido de langerie em 1975, Amâncio Ortega pensou que sua empresa poderia ir à falência. Todo o seu capital estava empregado neste pedido. Não havia outros clientes. Desesperadamente, ele abriu uma loja por conta própria em La Coruña, no nordeste da Espanha e vendeu ele mesmo os itens. Ele chamou a loja de Zara.
Hoje, mais de 650 lojas Zara em mais de 50 paises atraem clientes aos distritos de compra ao redor do mundo e o Señor Ortega é considerado o homem mais rico da Espanha. A empresa têxtil que ele fundou, a Inditex, tem crescido desde que ele abriu sua primeira loja Zara. De 1991 a 2003 as vendas da inditex – das quais 70% vêm da Zara – cresceram mais de 12 vezes, de 367 milhões de euros para 4,6 bilhões.
A Zara desafia boa parte do conhecimento convencional de como deve funcionar uma cadeia de abastecimento. De fato, algumas práticas da Zara parecem bastante questionáveis, quando não absolutamente insanas, vistas individualmente. De forma diferente dos seus concorrentes, que correm para terceirizar operações, a Zara tem quase metade de suas operações em casa. Em vez de levar as suas unidades a maximizar sua produção, a empresa mantém, de forma proposital, capacidade ociosa. Em vez de buscar de qualquer forma economias de escala, a Zara produz e distribui produtos em pequenas quantidades. Em vez de depender de parceiros externos, a companhia gerencia toda a parte de design, armazenagem, distribuição e funções logísticas por conta própria. Até suas operações diárias diferem da média. Durante os últimos três anos tentou-se descobrir como a Zara desenhou e consegue manter sua cadeia de abastecimento “rápida no gatilho”. Conduzimos uma série de entrevistas com os gestores da Inditex e examinamos vários documentos, de várias fontes. Estávamos curiosos sobre a possível