Década de 60 – Início do movimento negro
O movimento negro nos Estados Unidos ganhou força em 4 de abril de 1968, após a morte do reverendo e ativista pelos direitos civis dos negros Martin Luther King. Enquanto conversava com o pastor Jesse Jackson, na sacada do hotel Lorraine -- hoje sede do Museu Nacional dos Direitos Civis, King, com 39 anos, foi atingido por um tiro do rifle de James Earl Ray e não sobreviveu.
Em reação à morte do líder, milhares de negros protestaram em dez Estados norte-americanos, pedindo igualdade de direitos, justiça e paz e relembrando que a luta de King era pacífica.
O governo dos EUA mobilizou cerca de 72 mil soldados para conter as revoltas, que duraram três dias. Os manifestantes causaram incêndios e depredaram casas e estabelecimentos comerciais.
Durante os confrontos com a polícia, 43 manifestantes foram mortos e cerca de 23 mil foram presos. Os protestos foram interrompidos em 9 de abril, o dia do cortejo fúnebre de Luther King.
O cortejo foi acompanhado por personalidades como o então vice-presidente norte-americano Hupert Humpfrey, o então governador de Nova York, Nelson Rockfeller, e Jackeline Kennedy --mulher do ex-presidente norte-americano John F. Kennedy (1961-1963), morto em 1963.
O caixão de King foi colocado em uma charrete puxada por duas mulas, meio de transporte bastante utilizado pela comunidade negra da região de Atlanta, capital da Geórgia, onde Luther King nascera e fora enterrado.
Direitos dos negros
Mas os protestos pela morte de King foram somente a conseqüência do movimento pelos direitos dos negros, liderado pelo reverendo desde dezembro de 1955, quando realizou o boicote aos órgãos públicos promovido pelos negros de Montgomery, no Alabama.
Devido à sua luta por direitos civis, King ganhou o prêmio Nobel da Paz em 1964, quatro anos antes de sua morte. O reverendo também participou da marcha de 230 mil pessoas sobre Washington em 1963. A multidão se aglomerou entre o Monumento de