Dámaso Alonso e a Teoria do signo
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A posição da moderna estilística espanhola, a de Dámaso Alonso, está vinculada à de Leo Spitzer. A estilística de Alonso, como a de Spitzer, é psicologista, atribuindo papel à intuição. Alonso, concentrou seus esforços no desenvolvimento de uma teoria dos signos. Ele atribui conceitos diferentes a significante e a significado, acreditando que significante não é somente “imagem acústica”, mas também o seu som físico; e o significado não é somente um simples conceito, mas sim, uma carga complexa. Saussure considerava o signo linguístico como uma associação de um significante a um significado. Já Dámaso Alonso, considerava que o signo é um significante + significado geral + significados parciais + percepções sensoriais, etc. Para ele “significado” era “conceito”, logo “significante” não transmite “conceito”. Ele viu, na percepção de Saussure, uma redução do que realmente é o signo linguístico. Saussure se preocupava com o fenômeno linguístico, enquanto Alonso se preocupava com o fenômeno poético. “Unicidade” é o termo empregado por Alonso para definir a obra artística, o “único”, tudo o que nos mostra individualmente. Há para ele, três modos de compreender a obra literária: o primeiro é o do leitor comum, que não procura analisar as suas impressões, leitura, cujo objetivo é o prazer: o segundo, o do crítico, que tem uma capacidade maior de compreensão e é responsável pela explicação do sentido da obra aos demais; o terceiro, é o da tentativa de desvendar os mistérios da criação de uma obra e o efeito dela sobre os leitores. Um “significante” ou “imagem acústica”, emite no falante uma carga complexa, formada geralmente por um conceito, e esse “significante” mobiliza um emaranhamento psíquico do ouvinte, que através dela percebe a carga contida na “imagem acústica”. O “significado” é uma carga complexa. Diremos pois, que dentro dele se podem se distinguir uma série de “significados parciais”. A ideia para Dámaso Alonso, era que o