Durval Muniz de Albuqurque - a arte de inventar o passado

Durval Muniz de Albuquerque começa seu livro que contém diversos pensamentos de vários autores; com um romance de Gustave Flaubert: Bouvard e Pécuchet que em resumo é uma indagação sobre a verdade histórica, mostra que o passado não consiste no documento em si, nem nos vestígios deixados por ele, mas sim na compreensão histórica, isso só é possível com um saber já adquirido, a história tem diferentes interpretações para cada indivíduo, e para saber precisamente sobre os homens e/ou fatos de uma época eles acreditavam que era preciso ler todas as histórias, memórias, jornais e manuscritos, o que tornava muito difícil se concluir um estudo sobre tal época, os personagens tentaram também investigar um passado mais antigo com uma vontade de conhecer a verdade, porém discordavam sobre as datas, entre outros desacertos, a indiferença com as datas passou para os fatos, pensando então que o importante era a Filosofia da História, porém não funcionou pelos motivos mais modernos que se possa imaginar: uma religião, um partido, um sistema, uma ideologia, para censurar os de grande poder político, aconselhar o povo e apresentar o que eles consideravam exemplos de morais. Com isso o autor compara os personagens Bouvard e Pécuchet e o drama que estão passando com os dias atuais, e o drama que os historiados de hoje vivem, tendo que lidar com as incertezas da ciência, relatividade dos discursos, saber histórico e da própria realidade, levando à conclusão de que o conhecimento histórico é relativo as condições históricas de sua produção. Com a pós-modernidade veio também uma nova historiografia, uma nova condição histórica que não pode mais ser produzida a partir dos mesmos paradigmas e metodologias, a mitificação das maquinas e o trabalho se foi, agora só se vê tecnologia, a informação e a comunicação se tornam um dos principais meios de produção, a sociedade pós-industrial a economia não mais é o reino das coisas, essa economia se desmaterializa dando lugar a