durkheim
Os positivistas conceberam a sociedade como um organismo combinado de partes integradas e coesas que funcionavam harmoniosamente, conforme um modelo físico ou mecânico de organização.
Caracterizando-se pela valoração dada aos fatos e a suas relações, tal como dados pela experiência objetiva, e pelo corte reducionista da filosofia aos resultados obtidos pela ciência, o positivismo foi o pensamento social que aclamou o modus vivendi do apogeu da sociedade europeia do sec. XIX em franca expansão econômica. Vem daí sua tentativa persistente na busca da resolução dos conflitos sociais por meio da exaltação à coesão, à harmonia natural entre os indivíduos e ao bem-estar do todo social.
2 - Durkheim e os fatos sociais
Suas convicções defendiam que os problemas sociais vividos pela sociedade europeia eram de natureza moral e não de fundo econômico, e que estes sobrevinham devido à fragilidade decorrente de uma longa época de transição, que provinha desde o imperialismo europeu.
No tocante ao problema da relação indivíduo-sociedade, Durkheim tomou posição a favor desta. Ele entendia que a sociedade predominaria sobre o indivíduo, uma vez que ela é que imporia a ele o conjunto das normas de conduta social.
Para ele, a Sociologia deveria ser um instrumento científico da busca de soluções para os desvios da vida social, tendo, portanto, uma finalidade dupla: além de explicar os códigos de funcionamento da sociedade, teria como missão intervir nesse funcionamento por meio da aplicação de antídotos que pudessem diminuir os males da vida social. Em sua compreensão, a sociedade, como qualquer outro organismo vivo, passaria por ciclos vitais com manifestações de estados normais e patológicos, ou seja, saudáveis e doentios. O estado saudável seria o de convivência harmônica da sociedade consigo mesma e com as demais sociedades, já o estado doentio seria caracterizado por fatos que colocassem em risco essa harmonia, os acordos de convivência, o