Durkheim
Problema: analisar as categorias de entendimento humano por meio da relação entre religião e teoria do conhecimento.
Objetivo: estudar o sistema religioso mais primitivo, pois ela permite dar elementos para compreender “a natureza religiosa do homem” (p.VI). A religião mais simples e a mais complexa “correspondem às mesmas necessidades, desempenham o mesmo papel, dependem das mesmas causas”, por isso é possível a partir de uma compreender a outra. Mais ainda, permite compreender o desenvolvimento das categorias de entendimento humano.
Definição de Primitivo:
1. “Que se encontre em sociedades cuja organização não é ultrapassada por nenhuma outra em simplicidade”
2. “que seja possível explicá-lo sem fazer intervir nenhum outro elemento tomado de uma religião anterior”
Pressupostos
•“Não há religiões falsas. Todas são verdadeiras ao seu modo: todas correspondem, ainda que de maneiras diferentes, a condições dadas da existência humana” (p.VII).
•“não é possível dispô-las segundo uma ordem hierárquica”
•Das sensações aos conceitos: “Umas podem ser superiores a outras, no sentido de empregarem funções mentais mais elevadas, de serem mais ricas em idéias e em sentimentos, de nelas haver mais conceitos, menos sensações e imagens, e de sua sistematização ser mais elaborada” (p.VII).
Método: do elementar ao complexo
• Por que não analisar as religiões do Egito, Índia e da Antiguidade Clássica?
Essas religiões formam “uma trama espessa de cultos múltiplos, variáveis com as localidades, com os templos, com as gerações, as dinastias, as invasões, etc. Nelas, as superstições populares estão mescladas aos dogmas mais refinados [...]. Em tais condições é difícil saber o que é comum a todos” (p.X-XI).
“Algo bem diferente ocorre nas sociedades inferiores. O menor desenvolvimento das individualidades, a menor extensão do grupo, a homogeneidades das circunstâncias