Durkheim e Weber
Apesar de Émile Durkheim e Max Weber serem contemporâneos e terem como similaridade a preocupação e a necessidade de entender o mundo no qual vivem, em muito se divergiam.
Émile Durkheim, o consolidador da sociologia como ciência, foi herdeiro das correntes positivistas de Augusto Comte e é através da objetividade que ele aplica seus métodos empíricos, tornando o objeto de estudo algo distante para que possa ser passível de observação e análise sem preceitos pessoais, tal como uma construção sistemática que deve chegar a estabelecer um sistema de leis que explique o funcionamento da sociedade e o comportamento dos indivíduos.
Para ele, a sociologia, assim como a natureza, possui a existência independente da ação do indivíduo. Dessa forma, ele sustenta a tese de que a sociedade é quem determina o comportamento humano. O mundo é objetivo e tem suas próprias leis de funcionamento.
No mesmo século, Weber, jurista alemão, baseado nas concepções filosóficas de Kant, na qual afirmava que o sujeito é quem tem o papel de ordenar os dados da experiência segundo categorias lógicas inatas ao intelecto (a priori), dizia que o conhecimento das ciências sociais está preso às premissas subjetivas, sendo o que é significativo para o sujeito, seu objeto de pesquisa.
Toda ciência, como a física ou a sociologia, necessita de uma base da qual será usada como alicerce para o processo de conhecimento. Durkheim parte do princípio do objeto, no qual a sociedade é um laboratório de observação das relações sociais, e é a realidade quem está condicionada pela mesma. O próprio francês classifica a sociedade como um fenômeno sui generis, ou seja, particular.
Ao contrário de Durkheim, Max Weber parte do princípio do sujeito, ou seja, o indivíduo é o principal responsável pela elaboração do processo de conhecimento, pois é a partir do individual que se pode explicar a realidade social.
Em relação aos métodos, o pensador francês apoia seus estudos no holismo