Durkheim, Educação e Sociologia
Para Durkheim, a sociedade é mais que a soma dos indivíduos e suas consciências. A sociedade é um fenômeno sui generis (do latim, ‘de seu próprio gênero’, ‘singular’), que se reproduz continuamente de geração em geração, se estendendo ao longo da história com uma consciência que lhe é própria (consciência coletiva), com suas representações coletivas e suas instituições. A coesão de seus indivíduos depende de todos estarem firmemente ligados entre si, o que Durkheim chamou de solidariedade social, que é conseguida pela moldagem coercitiva das consciências individuais de acordo com as regras, modos de fazer e representações coletivas que essa sociedade espera em seus indivíduos. A sociedade se desenvolve ao longo da história, se tornando sempre mais complexa, e os estágios desse desenvolvimento podem ser verificados pelo tipo de divisão de trabalho e de sanções legais que em cada época apresenta.
A forma com que a sociedade se reproduz nos indivíduos, de geração em geração, é a educação, que “é, acima de tudo, o meio pelo qual a sociedade renova perpetuamente as condições de sua própria existência” (DURKHEIM, 1978 apud ULBRA, 2008, p. 73). Em seu escrito “Educação e Sociologia”, o autor define educação como “a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio especial a que a criança,