O filme Gattaca narra um futuro onde o destino dos seres humanos depende do seu código genético. Em tal época é uma prática a manipulação deste como uma forma de seleção dos válidos, os quais são filhos da genética e os inválidos, filhos de Deus. Os válidos possuem os melhores genes do pai e da mãe, portanto têm alto QI, são livres de doenças genéticas e bom porte físico. Os inválidos, por sua vez não foram gerados a partir da ciência e por isso são excluídos do meio social. Essa busca pela perfeição cria a eugenia social, que é exatamente a seleção dos que se encaixam ao meio determinado pelo homem e dos que não se encaixam. O protagonista, Vicent Freeman luta contra o sistema imposto, uma vez que condenado por sua hereditariedade é impossibilitado de realizar seu grande sonho, entrar na Corporação Gattaca. Nesse contexto, é possível relacionar a algumas teorias e pensamentos de Max Weber. Segundo ele “Os homens veem o mundo que o cerca a partir de valores, compartilhados, mas também subjetivados”, o que se encaixa perfeitamente à ideia do filme, pois, ao mundo são atribuídos valores que segregam os homens geneticamente. A partir da “Ação Social” proposta por Weber, a qual possui um “tipo ideal”, sugere que este deve ser unilateral, racional e de caráter utópico, assim como a sociedade exposta no filme Gattaca, onde seres com tamanha perfeição são o tipo ideal. Os “tipos puros de ação” apresentados por Weber, onde “a ação com relação a fins considera e calcula os meios necessários e adequados para atingir um determinado fim”. O filme deixa esse pensamento bem claro, ao selecionar seres humanos para atingir determinado objetivo no fim, que é uma sociedade perfeita, com seres perfeitos. Segundo os conceitos de comunidade e sociedade escritos por Weber, “agir em sociedade é agir em comunidade no qual as expectativas se baseiam em regulamentos sociais vigentes – direito”. Tal pensamento relaciona-se