Durabilidade e deterioração do betão
25 Janeiro, 2011.
A durabilidade de uma estrutura de betão armado pode ser definida como a capacidade de manter as condições de serviço durante um determinado período de tempo. As condições de serviço referem-se à capacidade que a estrutura tem de realizar as funções para as quais foi projectada e construída, enquanto exposta a um ambiente específico. Durante a sua vida útil, a estrutura de betão deverá então ser capaz de resistir à deterioração, opor-se às acções de projecto (permanentes, sobrecargas, acidentais) e condições ambientais, sem apresentar deformações excessivas, desgaste ou rotura. Como se sabe, o betão nem sempre se comporta como se projectou; algumas das deficiências que por vezes se desenvolvem, são a fendilhação, a escamação, o desgaste, as deformações ou os assentamentos. Desenvolver estratégias de reparação efectivas requere o conhecimento das causas dessas deficiências. O conhecimento das causas permite a opção por uma estratégia de reparação e liga esta com o efeito (a deterioração). Como resultado obter-se-á uma reparação mais bem-sucedida e mais durável.
Não há parâmetros simples que controlem a durabilidade do betão mas sim um certo número de factores (de maior ou menor complexidade) que a influenciam. Estes factores podem ser agrupados em 4 grandes categorias: métodos de construção, o projecto, as características dos materiais e as condições de exposição. A maior parte das avarias e defeitos do betão que resultam da acção destes factores, são o ponto de partida para a deterioração das estruturas. Os métodos usados para construir estruturas de betão são diferentes dos métodos usados noutros tipos de indústrias. O betão é um dos poucos materiais em que os ingredientes em bruto são armazenados perto ou no local da obra, onde são misturados, confeccionados e moldados no produto final que é a construção. Procedimentos incorrectos ou menor cuidado durante qualquer uma das fases da construção, podem