Duns Scoto
PRÉ PROJETO
O ESTATUTO ONTOLÓGICO DA INDIVIDUAÇÃO EM DUNS SCOTO
Área de pesquisa:
Metafísica, ciência e linguagem.
São Paulo
2014
RESUMO
Este trabalho tem o intuito de apresentar o princípio de hecceidade em Duns Scoto. Para
Scoto, deve haver uma entidade individual que funcione como o fundamento ontológico da unidade individual. Ao buscar não só o conceito, mas
o princípio que explicaria a
individualidade, Scoto depara com as imperfeições das teses já existentes e as critica. Desse modo, o pensamento de Duns Scoto sobre o princípio da individuação será analisado na perspectiva de oposição às concepções já existentes. Por isso, parte-se do problema da individuação (terminologia; problema lógico, metafísico, epistemológico e semântico), investigando a concepção de individuação na antiguidade, patrística e baixa idade média; seguido, as objeções feitas por Scoto às teses de proeminentes escolásticos (Tomás de
Aquino, Godfrey de Fontaines, Henrique de Gant, entre outros), culminando com a solução que ele apresenta a este problema.
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JUSTIFICATIVA
A individuação é um daqueles problemas perenes que os filósofos vem discutindo por séculos, sem alcançar êxito nem consenso de solução. Uma vez que o pensamento de Duns
Scoto é alvo, atualmente, de um renovado interesse tanto por parte dos historiadores do pensamento medieval tardio quanto de algumas correntes filosóficas, o problema da individuação não poderia faltar na lista dos estudos escotistas da atualidade.
Aristóteles foi o primeiro filósofo a levantar a questão sobre o princípio da individuação do ser. Para ele, a passagem de um ser abstrato ao indivíduo concreto necessita de um princípio individuante.
Em sua Metafísica, Aristóteles aponta a questão da
individuação, arrogando o seu princípio individuante à matéria1.
Essa solução é aceita por Avicena e mais tarde, também por Tomás de Aquino e por
muitos