Duelo de Gerações na Empresas
Se é difícil conseguir que os interesses de várias gerações coincidam no lar, não é menos difícil consegui-lo na empresa. Cristina Simón, professora do Instituto de Empresa (IE), de Madri, identificou e analisou quatro gerações que convivem atualmente em uma empresa em um estudo intitulado Geração Y e mercado de trabalho: modelos de gestão de RH, em colaboração com Gayle Allard, professora do IE, e com a empresa de trabalho temporário Adecco. Em uma entrevista concedida a Universia-Knowledge@Wharton, Simón explica não só as diferenças entre tradicionais, baby boomers, a geração X e a geração Y, como também propõe algumas estratégias básicas a serem seguidas pelas empresas do século 21 para que superem, com sucesso, o duelo de interesses entre as gerações antigas e as novas. Universia-Knowledge@Wharton: Quantas gerações convivem atualmente nas empresas e quais são suas características? Cristina Simón: Embora as definições dos intervalos geracionais possam variar de um país para o outro, podemos afirmar, de modo geral, que há quatro grandes grupos geracionais em atividade profissional: Tradicionais (nascidos até 1946): o valor da lealdade, a disciplina e o respeito pela autoridade e pela hierarquia são características comuns a essa geração, que foi protagonista da vida empresarial em momentos de forte desenvolvimento econômico. Baby boomers (1946-1960): os anos críticos do seu ingresso no mercado de trabalho, entre meados dos anos 1960 e fins dos anos 1970, foram de progresso na maior parte dos países europeus, e por isso geraram grandes expectativas de sucesso. Atualmente, ocupam postos de maior responsabilidade nas empresas e se tornaram os maiores workaholics da história. O fenômeno yuppie nasceu também com essa geração. Geração X (1961-1979): é a primeira geração de maior preparo acadêmico e experiência internacional da história. Essa geração inicia uma ruptura com as atitudes