dtos humanos
ARENDT, Hannah. A condição humana. 10 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária, 2004. A obra de Hanna Arend expressa a condição humana analisando o homem a partir da própria história humana, onde o local público aparece como norteador da democracia. O homem político passa do ser que age para o ser que cria e se reproduz. A autora vê o homem como um ser presente no planeta Terra, para isso observa três referenciais das atividades humanas: o labor, atividade marcada pela necessidade do processo biológico, garantidora da espécie, atividade atribuída ao “Animal Laborans”; o Trabalho, que denota o artificialismo da existência humana uma vez que há não preocupação com o ciclo vital natural, mas com a criação de artefatos , o mundo dos objetos que se interpõe entre a natureza e o homem e entre os próprios homens, atribuída ao “Homo Faber” e a Ação, atividade exercida diretamente pelos homens, vislumbrando-se condição política – “bios politikos” dos homens. Na ação, encontra-se a liberdade , que é caracterizada como a capacidade de direcionar o próprio destino, imprimindo-se no mundo a lembrança, a história que dão eternidade à condição humana. Na política, o homem confecciona o novo, fato que o imortaliza, essa é a condição humana típica, uma vez que emerge dos demais. Arend reexamina a teoria política europeia com a finalidade de entender a ação política e saber porque essa fora destruída na Era Moderna, acarretando o surgimento, no século XX , dos regimes totalitários, marcados pela tirania de massa.
Arend relata que na Antiguidade, era na esfera pública que se dava a Ação, a prática da liberdade que permitia ao homem a expressão de sua identidade; a esfera privada era reservada as atividades do Labor e do Trabalho, ou seja, as necessidades humanas. Essas esferas eram delimitadas e possibilitavam ao homem o exercício de sua dimensão como “ bios politikos”. Já na Idade