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EGEU — Os filhos dela agora são dois freiosDois sinais de cuidado, são os filhos
CORINA — Tem hora que ela chama de empecilhos, tem hora que ela diz co’os olhos cheios d’água: meus dois olhos são meus dois filhos
Apaga a luz no set de Egeu; as vizinhas levantam-se completamente; com elas agora também está Corina; explode o ritmo do Paó para djagum; dançando e cantando elas vão despindo
Joana de sua roupa e vestindo-lhe uma roupa própria da cerimônia.
JOANA — O pai e a filha vão colher a tempestade
A ira dos centauros e da pomba-gira levará seus corpos a crepitar na pira e suas almas vagar na eternidade
Saravá!
TODOS — Saravá!
(Sobem cantando e dançando.)
Paó, Paó, Paó, Paó, Paó, etc.
Mais dois vizinhos juntam-se aos que já estão cantando e dançando; o último a aderir é Boca Pequena; marcar, na coreografia, a sua indecisão para entrar; agora, enquanto ainda dançam, vai acendendo em resistência a luz do set de Creonte onde
Alma e Jasão estão namorando. Encerra a coreografia.
ALMA — (Passa a mão na cabeça.)
JASÃO — Que foi?...
ALMA — Estou desconfiada...
Eu não sei não...
JASÃO — Que que é?... Alma, do que é que você tá com medo?
ALMA — Você sabe que ela vive enfiada em terreiro, transando co’a desgraça...
JASÃO — É isso? Cisma com santo e terreiro?
Toma um melhoral que o feitiço passa...
ALMA — Tou tomando remédio o dia inteiro
JASÃO — É bruxaria? Então deixa pra mim
Posso fazer um passe?... (Brinca de fazer passe nela.)
ALMA — Essa mulher tá fazendo falseta
Taí na praça pública, gritando, xingando, querendo que a gente morra, exibindo os filhos, envenenando, uma praga...
JASÃO — Calma...
Ele fica um tempo em silêncio com a cabeça dela em seu ombro;
Creonte entra em silêncio, beija a filha e não cumprimenta Jasão; um tempo de constrangimento.
ALMA — Tudo bem, meu pai?...
CREONTE — Não tem nada bem
ALMA — O que foi?...
JASÃO — O caso do mestre Egeu...
Fazem baderna, chiam, quebram trem,
quebram