DSM e o Materialismo Histórico
O DSM é um produto para fins científicos sobre o qual começou a ganhar evidência a partir da edição III. Esse manual foi adaptado à elaboração fenomenológica sem conceito explicativo de doenças, limitando a caracterização dos sintomas e genaralizando-os como síndromes.
A psiquiatria empirista é estimulada por interesses de uma indústria farmacêutica e visa lançamento de drogas que obtenham uma eficácia apenas momentânea e que deem continuidade ao mercado consumista. Na maioria das vezes, essas drogas apresentam atividades consideradas desconhecidas.
O constante uso de paliativos tem como objetivo dar apenas uma solução imediatista para o mal estar do sujeito, o que garante uma psiquiatria dotada de antidepressivos e ansiolíticos, por exemplo.
“A LOUCURA E A SOCIEDADE”:
RELAÇÃO DO TEXTO COM A ORIGEM DO DSM
Michel Foucault, autor de “A loucura e a Sociedade”, relata em seu texto como a loucura no Ocidente é tratada por nós, desde as sociedades primitivas, até a atualidade.
Foucault divide os domínios das atividades humanas em quatro categorias, sendo estas: o trabalho, a sexualidade, a linguagem e as atividades lúdicas (como jogos e festas). Em todas as sociedades existem pessoas que não se adéquam a esses padrões estabelecidos, surgindo dessa maneira, o conceito de “louco”. Essa característica remete muitas vezes a uma pessoa que será excluída de todas as coisas, fazendo com que receba um status religioso, mágico, patológico ou até mesmo lúdico. O primeiro critério para identificar a loucura em uma pessoa está em sua inaptidão ao trabalho. Na Idade Média, a presença do louco era tolerada e admitida; toda via, a partir do século XVII, com o advento do Capitalismo e consequentemente da Revolução Industrial, esse tipo de presença deixou de ser permitida. Criou-se dessa forma, estabelecimentos para internação, que tiveram como consequência uma espécie de higienização