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Fazer história, interrogar documentos e fundar a memória: a importância dos arquivos no cotidiano do historiador
Mary Del Priore*

A cena é clássica: ao final da graduação em História, o professor sugere um trabalho de final de curso. O rosto de alguns alunos se ilumina. O de outros, fecha-se numa interrogação. Como lidar com documentos primários, como freqüentar arquivos e selecionar fontes, enfim, como fazer história? – perguntam-se alguns deles. Para responder a estas questões gostaria de começar por uma pergunta aparentemente simples, mas que segue nos interpelando. O que é história? Resposta simples: história é o que faz o historiador. Como já disse Antoine Prost1, a disciplina chamada História não é uma essência etérea, uma idéia platônica. É uma realidade histórica situada no tempo e no espaço, feita por homens que se dizem historiadores e reconhecidos como tais, recebida e apropriada como história por um público variado.
Não existe uma história sub spécie aeternitatis, cujas características atravessariam imutáveis as vicissitudes do tempo, mas produções diversas que os contemporâneos de uma determinada época se acordam em considerar história. Isto quer dizer que antes de ser uma disciplina científica, como pretende ser e até certo ponto é, a História é uma prática social.
Essa asserção pode tranqüilizar o historiador que, como nós, toma a decisão de refletir sobre sua disciplina; ela o remete àquilo a que está acostumado a fazer: o estudo de um grupo profissional, de suas práticas, de sua evolução. Há vários grupos de historiadores que invocam tradições, constituem escolas, reconhecem regras constitutivas de seu ofício comum, respeitam uma deontologia, praticam ritos de incorporação e exclusão. Homens e mulheres que se dizem historiadores e que possuem a consciência de pertencer a uma comunidade, fazem história para um público que os lê ou os escuta, os discute e os acha importantes, por vezes interessantes. Historiadores são também

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