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"Ele confessou o crime, não chorou, não se emocionou. Apenas narrou o que aconteceu", relatou o delegado Johnson Kenedy Monteiro, responsável pelo caso.Na versão apresentada à polícia, o suspeito afirmou que teria vendido, alguns dias antes, peças de artesanato ao irmão mais velho das vítimas. No fim de semana, o homem contou que havia cobrado do cliente o valor dos produtos, e ouviu que deveria ir à casa da família na segunda-feira, para receber parte do valor.
Conforme o combinado, o artesão foi até a residência e lá recebeu R$ 100 do irmão das vítimas. Pouco depois, o rapaz voltou ao local, tocou a campainha e encontrou a criança e a adolescente sozinhas. Ele disse aos dois que havia voltado porque esqueceu algo e queria buscá-lo.Quando o homem falou que levaria embora um notebook para liquidar a dívida, as vítimas começaram a gritar. O suspeito, então, revelou que pôs a menina em um quarto e amarrou as mãos dela com um fio de telefone. Depois, conduziu o garoto a outro quarto e o amarrou com um pedaço de lençol rasgado.
O jovem decidiu, então, escorar cadeiras nas portas dos dormitórios para impedir que os irmãos saíssem, e colocou fogo na residência. Saindo de lá, o autor do crime ainda encontrou a mãe das vítimas na rua, que o cumprimentou.A Polícia Civil informou que o suspeito não tinha antecedentes criminais. Ele vai responder por duplo latrocínio (roubo seguido de morte) e pode pegar até 60 anos de prisão. Detido no Departamento de Polícia Especializada, o homem deve ser transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda ainda nesta terça-feira.Foi preso na noite de segunda-feira (12) um artesão de 21 anos suspeito de ter amarrado e queimado dois irmãos – um menino de 9 anos e uma adolescente de 13 – em uma casa da QNM 7, em Ceilândia, no Distrito Federal. De acordo com a Polícia Civil, o homem disse que cometeu o crime porque as vítimas, que morreram carbonizadas, gritaram quando ele invadiu a residência para levar um notebook, um tablet e uma