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A segunda parte da história do Capitão Nascimento é a maior bilheteria do cinema brasileiro, com 1,25 milhão de espectadores em seu primeiro fim de semana em cartaz. Tropa de Elite 2 desenvolve o enredo da corrupção política em momento de eleição, joga na cara do povo o jogo de poder entre o tráfico e os candidatos.O início do enredo é um flashback ao estilo Cidadão Kane. O personagem de Wagner Moura, Capitão Nascimento, lembra uma ação do BOPE, comandada por ele e André Matias, interpretado pelo ator André Ramiro, num presídio do Rio de Janeiro. Neste ponto já começam as negociações com outro setor não abordado no primeiro filme: os Direitos Humanos do Cidadão. Capitão Nascimento quer ser radical com a revolta na penitenciária e os intelectuais defendem o direito à vida do criminoso. O começo é forte, mas Tropa de Elite 2 mostra com precisão o que está abaixo da questão.
Mais de 120 mil pessoas vivem na favela da Rocinha, mais de 60 mil no Morro do Alemão. Conseguir eleitorado por lá é essencial. O diretor e roteirista José Padilha aborda a negociação feita para a busca de votos na comunidade. O jornalismo, neste filme, cumpre o seu papel: fiscaliza o poder a favor do interesse público. Dois jornalistas, por conta própria – o editor não havia apoiado a pauta – desconfiam de suborno por parte dos candidatos dentro de uma favela do Rio de Janeiro.
Os jornalistas encontram material de propaganda política abrigado no morro. São assassinados e impedidos de divulgar a informação. A ideia do diretor mostra a importância da reportagem investigativa para a questão, mas também a fragilidade da apuração que envolve o crime. Capitão Nascimento aparece na cena anterior e fala, inclusive, da personalidade da imprensa que muitas vezes se vê imortal quando busca uma matéria.
Em Tropa de Elite 1, Wagner Moura deu vida ao forte personagem que critica o esquema do tráfico, desde o policial corrupto, até o próprio consumidor da droga. Para Nascimento, quem compra também