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Ser a favor da paz não é necessariamente ser a favor da Palestina, e muito menos da liderança palestina. E nem de Israel. O que os dois lados precisam é de chegar a um acordo, um compromisso. O oposto de um acordo não é idealismo, mas devoção, fanatismo e morte.
Este é um conflito entre vítimas. Vítimas do mesmo opressor, a Europa, que colonizou, explorou e humilhou o mundo árabe. É a mesma Europa que perseguiu os judeus por séculos, e finalmente cometeu contra eles um ato de genocídio sem precedentes. Os dois lados olham um para o outro e vêem seu antigo opressor.
Metade da população de Israel são pessoas que foram expulsas de países árabes e islâmicos. Israel é um grande campo de refugiados judeus.
Boas cercas fazem bons vizinhos. O passo crucial a ser dado é uma solução que crie dois países separados. O que é necessário é um divórcio justo entre Israel e a Palestina. Mas divórcios nunca são alegres, mesmo quando são separações justas. Eles dóem, e esse vai doer mais ainda. Porque os dois lados vão continuar morando no mesmo apartamento. Ninguém vai se mudar. E ainda vão ter que combinar as regras de uso do banheiro e da cozinha.
Vai demorar pra isso acontecer? Vai, mas menos tempo que os povos europeus levaram para parar de guerrear entre si. Não dá pra subestimar a miopia e estupidez da liderança política dos dois lados. Mas isso vai acontecer. Porque tanto os judeus de Israel, como os árabes palestinos, estão muito à frente de seus líderes.
Se você quer ajudar, não tem que escolher entre ser pro-Israel ou pro-Palestina. Você tem que ser a favor da paz. Porque essa é uma batalha entre os fanáticos, que acreditam que o fim justifica os meios, e o