drogas
No “Sistema das drogas” (relações entre produtores, intermediários e consumidores), o elemento mais visível é o usuário. Quando a pessoa atinge alto grau de comprometimento no uso da droga, pode ter sua vida praticamente arruinada. Salvo exceções, o usuário não tem acesso à droga se ela não lhe for oferecida ou vendida por alguém que age como intermediário entre a produção e o consumo.
O intermediário pode ter uma ocupação lícita (quem vende cigarro, bebida ou produtos farmacêuticos) ou ilícita (narcotraficante, farmácia que vende anfetaminas e estimulantes sem prescrição médica, ou quem vende cola de sapateiro a crianças).
A relação entre usuário e intermediário tem sido alvo mais freqüente da repressão. No caso das drogas ilícitas, essa atividade repressiva engloba desde o grande traficante que controla todo o sistema, até o “avião” que faz a entrega ao usuário.
TODOS SOMOS AFETADOS
De nosso país, até nosso bairro ou edifício, estamos conectados a esse vasto sistema das drogas. Além do “mundo das drogas”, freqüentado por marginais e pessoas desclassificadas, são muitos os fios de conexão entre o sistema das drogas e a sociedade em geral.
Essas conexões ficam mais claras quando se levam em conta todas as conseqüências diretas e indiretas do tráfico e do consumo de drogas. Quantas pessoas que nunca consumiram drogas são assaltados por gente drogada, que rouba para comprar drogas? Quantos sofrem acidente de trânsito por causa de motoristas embriagados? E a lista poderia ir longe.
O sistema das drogas causa muito mais vítimas do que parece à primeira vista.
RESPONSABILIDADE DE TODOS
Isso nos obriga a rever certas atitudes simplistas que reduzem o problema a uma questão individual, fechando os olhos para a complexidade do tema e limitando-se a propor terapias de recuperação.
Nunca é demais lembrar os estragos feitos pelo narcotráfico, sobretudo nas periferias, pensar nos gastos públicos com o tratamento de saúde dos fumantes,