Drogas
A psicoterapia de grupo tem emergido como um dos instrumentos mais populares no tratamento da drogadicçao, em suas variadas modalidades costuma integrar os mais diferentes tipos de programas terapêuticos. A ampla utilização abordagem está embasada no consenso dos especialistas de que a psicoterapia de grupo é uma intervenção valiosa com drogadictos. A despeito disso, contudo não se sabe até o momento qual orientação psicoterapêutica é mais efetiva para estes pacientes.
Utiliza-se como referencial teórico- técnico para a psicoterapia grupal a psicanálise. No que diz respeito à drogadicçao, esse referencial implica na noção fundamental de que a dependência se dá na relação que o individuo estabelece com a droga, ou seja, não se considera que a droga sozinha seja responsável pela situação do paciente. Ao contrario, pressupõe-se um sujeito ativo, que busca, usa e perde o controle sobre a substancia, tornando-se um drogadictos. Dessa forma, o entendimento se dá a partir do sujeito, em uma relação dialética, onde se é verdade que não existe drogadicçao sem dependência a uma droga, por outro lado, não é essa dependência que vai definir o sujeito.
A drogadicçao envolve a globalidade do sujeito em ter um inter-relacionamento intricado e variável para cada individuo, que, se por outro lado não permite inferir necessariamente uma psicopatologia subjacente à qualquer drogadicçao, por outro, aclara que a categoria drogadictos como um grupo é composta de indivíduos com realidades psíquicas muito diferentes entre si.
Nesta perspectiva, a psicanálise tem como o objetivo primordial a particularidade do sujeito, e a ação psicoterapêutica orientam-se e na busca e na apreensão do sentido da droga em sua vida.
A proposta psicanalítica na clinica da drogadicçao não é simples e coloca ao terapeuta uma serie de impasses. Estamos tratando com pacientes em que a queixa – o uso de drogas- é geralmente prazerosa, ou no mínimo tem constituído a sua única fonte