INTRODUÇÃO: Diversas teorias buscam explicar o papel do Welfare Stae nos países industrializados da América do Norte e da Europa Ocidental. A maior parte delas o vê, ao menos em suas fases de surgimento e desenvolvimento, como um meio de compensar, por intermédio de políticas de cunho Keynesiano, a insuficiência do mercado em adequar os níveis de oferta e demanda agregada, controlar politicamente as organizações de trabalhadores e capitalistas e estimular a mercantilização da força de trabalho segundo padrões industriais. Tendo em vista que as circunstâncias do surgimento e desenvolvimento do Welfare State no país são diferentes das observadas nos países Europeus e norte-americanos, não só pela posição diferenciada do Brasil na economia mundial, mas também por suas peculiaridades históricas. Para a discussão de que, no Brasil, o Welfare State surge com o caráter de regular aspectos relativos á organização dos trabalhadores assalariados dos setores modernos da economia e da burocracia, enfatiza-se que, na fase inicial da industrialização,a possibilidade do Welfare State como instrumento de controle da demanda agregada era reduzida devido a, pelo menos, dois motivos.Primeiro porque problemas de superprodução estavam muito mais relacionados ao comportamento do setor externo do que a flutuações nacional, e segundo, porque o número restrito de beneficiários do sistema limitava a efetividade das políticas como mecanismo de expansão do consumo. O caráter redistributivo limitado do Welfare State brasileiro ao longo de seu desenvolvimento é tratado a partir de dois ângulo autonomia da burocracia e o poder político dos movimentos de trabalhadores. Argumenta-se que, após a fase de consolidação inaugurada pelos governos militares de 1964, o modelo do Welfare State brasileiro e as mudanças no modelo de desenvolvimento econômico, conclui-se que é ainda difícil avaliar em que medida as melhorias organizacionais